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Apenas 7 respostas para entender o Parkinson.

O mundo da neurologia muitas vezes parece complicado e difícil de entender. Mas não precisa ser assim, por isso de maneira simples e direta elaborei 7 respostas para entender o Parkinson.

1) O que é a Doença de Parkinson e como ela se apresenta?

É uma doença neurológica que pode causar principalmente, tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular e desequilíbrio.

Alem destes, o paciente pode apresentar dificuldade para sentir cheiros, ficar com o rosto pouco expressivo, ter hipotensão postural (queda de pressão ao se levantar), ter alterações de sono (sono inquieto, com gritos e muitos movimentos), começar escrever com a letra muito pequena e a voz ficar mais baixa.

Existem duas formas mais típicas de inicio uma chamada de “tremulante” em que o paciente tem os tremores como principal sintoma e a outra chamada de “rigído-acinética” em que o paciente tem a rigidez muscular como principal sintoma.

2) Por que ocorre a doença?

A Doença de Parkinson ocorre por causa da degeneração das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a dopamina e falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos provocando os sintomas acima descritos.

Não se sabe exatamente quais os motivos que levam a essa perda progressiva e exagerada de células nervosas, muito embora o empenho de estudiosos deste assunto seja muito grande. Admitimos que mais de um fator deve estar envolvido no desencadeamento da doença. Esses fatores podem ser genéticos ou ambientais.

3) Existem outras condições que podem confundir o diagnóstico?

Sim, existem os “Parkinsonismos Secundários”,  situação em que outro problema está causando sintomas parecidos com os do Parkinson, principalmente o uso de certos medicamentos (por exemplo, algumas das drogas usadas para vertigens, tonturas, depressão e hipertensão), AVC (derrame), traumatismo craniano e inflamações no cérebro.

Porem, em em 70% dos casos a causa dos sintomas seria a própria doença de Parkinson.

4) Como é feito o diagnóstico de Parkinson?

São necessários para o diagnóstico:

I) Preenchimento dos critérios clínicos, que consistem nos movimentos lentos, associados a uma das outras características típicas (tremor, rigidez muscular ou instabilidade postural)

II) EXCLUSÃO de outras causas como AVC (derrame), uso de certos medicamentos, encefalites, traumatismos, entre outros.

III) Preenchimento de critérios de apoio como boa resposta ao tratamento com Levodopa, inicio unilateral, entre outros.

5) Qual a faixa etária comum do aparecimento do Parkinson?

A faixa etária mais comum para o inicio da doença é de aproximadamente 57 anos, porem a doença pode, em casos mais raros, se iniciar em pacientes mais jovens e mais comumente em pessoas mais idosas.

6) Existem grupos ou fatores de risco para o desenvolvimento do Parkinson?

Sim. Sendo a idade a principal delas, como explicado acima.

Homens são mais propensos a desenvolver a doença.

Exposição a algumas substâncias como a descrita em mineiros por exposição ao magnésio também podem ser a causa, porem ainda sua explicação não é muito clara.

Pessoas com familiares com a doença também podem apresentar maior risco pela questão genética.

Estudos apontam para influencia também do estresse emocional, ansiedade e depressão para o seu surgimento.

Outros fatores como distúrbios do sono (sono agitado com movimentos bruscos) podem servir de sinal de alerta.

7) Qual o tratamento para Parkinson? Existe cura para a doença?

Não há cura para a doença.

O Tratamento visa controle e redução da progressão dos sintomas, sendo feito com medicamentos que atuam na Dopamina cerebral, representados principalmente pelo Levodopa. Cirurgia pode ser indicada em alguns casos.

Alguns cuidados são essenciais na melhora da qualidade de vida dos pacientes como adequação do ambiente para evitar quedas, uso correto dos medicamentos (Levodopa deve ser utilizado pelo menos uma hora longe das refeições), dieta adequada, entre outros.

O diagnóstico adequado é a base, o inicio de todo acompanhamento. A doença é progressiva e apresenta diversas mudanças em seu curso, por isso o acompanhamento continuo com o neurologista é essencial.

 

Claudio S. Watanabe
Médico Neurologista
CRM/SP 151516 RQE 76969

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